BALUARTE
Debate-se um poema em toda alma presa.
Quando é bem demarcado, às vezes não tem rima.
Se tem um grande tema, falta-lhe a beleza
que exige o achado pra ser obra prima.
E o artista a procurar a arte de grandeza,
sabendo que a procura é o que ilumina,
se perde a meditar, à caça de sua presa,
qual louco atrás da cura para a própria sina.
Então em instante raro onde a poesia,
qual deusa de um castelo, presa em baluarte,
clareia-lhe o faro como a luz do dia
e o artista vira um elo para outra parte
e o verbo de tão claro a alma contagia
enfim, o imenso belo que só há em arte.
Paulo Franco
4º CONCURSO NACIONAL DE POESIAS
PRÊMIO “AFFONSO ROMANO DE SANT’ANA” – 2008
PRÊMIO “AFFONSO ROMANO DE SANT’ANA” – 2008
SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA DE COLATINA/ES
MENÇÃO HONROSA E PUBLICAÇÃO